Enfim, pós graduada!

Como diz o título, finalmente!!
Ontem defendi meu TCC da pós, aprovada com louvor :) Saíram uns 500kg das minhas costas...
Assim que fizer todas as correções, eu posto aqui o artigo final.
Só posso adiantar que o título é "Equoterapia na criança portadora de síndrome de Down: uma revisão de literatura".
Obrigada a todos que estiveram envolvidos, direta ou indiretamente.

Pós em Pediatria e Neonatologia

Oi gente! Vamos ver se consigo manter isso atualizado, certo? A dica de hoje vai pra quem está procurando uma boa pós graduação em Pedi e Neo, fora dos grandes centros.
Esse final de semana tenho a defesa oral do meu artigo de conclu
são da pós, não vejo a hora de terminar e aguardar meu certificado ;)
Enfim, a pós que eu tô fazendo é pela Inspirar, de Curitiba (quando iniciei era em parceria com a Cesumar de Maringá-PR, mas agora receberam o título de Faculdade, então é Faculdade Inspirar). É uma pós um pouco salgada, mas achei super válido e aprendi muito, com profissionais muito bem qualificados e com experiência na área. Super recomendo!
Aí seguem alguns dados da próxima turma:

Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia - Curitiba - PR - Edição 2011

Início das aulas em 06 de junho de 2011

Período de inscrições 27 de maio de 2011

CORPO DOCENTE

Profa. MSc. Ana Paula Rodrigues - PR (melhor aula de anatomo-fisiologia que eu já tive!!!)
• Prof. MSc. André Hoffmann - PR
• Prof. MSc. Carlos A. R. Alves – PR
• Prof. Dr. Esperidião Elias Aquim - PR
• Prof. Dr. Gustavo Cuello - ARG
• Prof. Hélio Pio - RJ (esse cara é uma enciclopédia ambulante hahaha muito boa a aula dele!)
• Profa. Larissa Riskala Talamini - PR
• Prof. MSc. Marcelo Zager - PR
• Profa. Patrícia Novo- PR
• Profa. MSc. Rubia Benatti - PR
• Profa. MSc. Samira Said Lançoni - PR
• Profa. MSc. Soraya Calixto Zacarias – PR
• Prof. Yuri Curlin Goss – SC

SOBRE

O trabalho do fisioterapeuta que atua em pediatria e neonatologia necessita de conhecimentos altamente específicos e atualizados. O curso tem por excelência fornecer conceitos e conhecimentos fundamentais atuais sobre a atuação fisioterapêutica em Pediatria e Neonatologia, preparando os profissionais para o mercado de trabalho, qualificando-os como especialistas para as atividades de ensino, pesquisa e atuação profissional nessa especialidade.

PÚBLICO ALVO

Curso destinado a Profissionais Graduados em Fisioterapia.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• Embriologia;
• Farmacologia e Exames Complementares;
• Fisiologia em Pediatria e Neopediatria;
• Propedêutica Pediátrica;
• Fisioterapia em Neuropediatria;
• Fisioterapia Ortopédica em Pediatria e Neonatologia;
• Fisioterapia Respiratória em Pediatria e Neonatologia;
• Follow Up;
• Suporte Ventilatório;
• UTI Neonatal e Pediátrica (Fundamentos);
• Primeiros Socorros;
• Didática do Ensino Superior;
• Metodologia Científica;
• Imaginologia.

Taxa de inscrição: R$ 200,00 (Duzentos reais)
18 parcelas de: R$ 440,00 (Quatrocentos e quarenta reais)


Então é isso... Assim que souber de mais cursos, posto aqui!
Beijos e boa semana!!

Displasia Broncopulmonar

Falando um pouco sobre a atuação da fisio dentro de uma UTI neo, vai muito além dos cuidados ventilatórios visando somente o pulmão. Ao meu ver, e garanto que muitos concordam com isso, os "malefícios" de uma internação prolongada vão bem além disso. O atraso motor com certeza é influenciado pela falta de estímulos durante o período de internação. Num "relato de caso" recente, vimos a diferença que o posicionamento faz no desenvolvimento pulmonar do bebê. Após 3 meses de intubação (e consequentemente 3 meses deitado em prono, supino e lateral), consideramos a hipótese de posicionar o bebê no bebê conforto, exigindo assim maior trabalho de musculatura respiratória, pela elevação do decúbito. Hoje o bebê se encontra em oxitenda. O principal motivo da intubação por esse longo período foi a displasia broncopulmonar e, sobre isso, falo mais a seguir.
Displasia broncopulmonar é uma doença resultante de agressões causadas pelo tratamento de recém-nascidos prematuros ou com doenças pulmonares, tais como infecções, acúmulo de líquidos, malformações pulmonares, etc. Os pulmões não estão completamente formados ao nascimento, de tal modo que o número de alvéolos aumenta muito nos 2 anos de vida primeiros anos de vida.

Quando o recém-nascido prematuro precisa de ventilação mecânica para sua sobrevivência, essa resulta numa inflamação pulmonar, que produz cicatrizes pulmonares e interfere com o desenvolvimento normal dos pulmões.

A lesão pulmonar que ocorre nas crianças com displasia deixa a criança com dificuldade para respirar, respiração acelerada e dependência de oxigênio, além de chiado no peito e tosse. Todos estes sintomas tendem a melhorar com o passar do tempo e com o crescimento pulmonar normal, desde que a criança receba tratamento adequado.

O diagnóstico da displasia broncopulmonar é feito nas crianças que apresentam dependência de oxigênio com 28 dias de vida com alterações típicas na radiografia dos pulmões.

Quando a criança é muito prematura utiliza-se um momento diferente (36 semanas de idade gestacional corrigida) para fazer este diagnóstico, pois a dependência de oxigênio mais prolongada nestes bebês pode refletir apenas uma incapacidade de respirar adequadamente por problemas de força muscular, e não de uma doença pulmonar propriamente dita.

O tratamento da displasia envolve questões alimentares, uso de oxigênio, medicamentos e prevenção de infecções. Como o crescimento pulmonar é a chave para a melhora dos sintomas de cansaço e dependência de oxigênio, o ganho de peso e o crescimento normal da criança têm grande impacto na melhora da displasia broncopulmonar. Entretanto, as crianças com displasia broncopulmonar em geral são prematuras e apresentam outros problemas associados à nutrição, como dificuldades na alimentação, doença do refluxo gastroesofágico, aumento do gasto de energia pelo cansaço, infecções, etc. Portanto, é preciso uma abordagem individualizada para determinar o melhor meio de nutrir adequadamente a criança com displasia broncopulmonar.

O uso de oxigênio representa um dos aspectos mais importantes no tratamento da displasia broncopulmonar, pois a imaturidade pulmonar aliada às lesões cicatriciais dos pulmões resultam numa dificuldade em captar o oxigênio do ar ambiente, e como conseqüência as crianças não conseguem uma oxigenação adequada sem uma oferta adicional do oxigênio.

Quando o bebê está na UTI, em ventilação mecânica habitualmente almeja-se uma saturação de oxigênio entre 90 e 95%. Nesta situação, procura-se oferecer a menor quantidade possível de oxigênio para atingir estes valores. O excesso de oxigênio suplementar nesta fase (1as semanas de vida) pode resultar em danos ao organismo, principalmente para a retina e para os pulmões.

Quando a criança supera esse período e passa a ficar dependente de oxigênio, com o diagnóstico estabelecido de displasia broncopulmonar, passa-se a oferecer o oxigênio para manter a saturação de oxigênio superior a 92%, pois estes valores de oxigenação foram bem estudados e estão associados a um melhor crescimento e desenvolvimento das crianças. A oxigenação inadequada nesta fase pode resultar em vários problemas, como desnutrição e problemas cardíacos secundários (hipertensão pulmonar).

Algumas manifestações clínicas justificam a fisioterapia respiratória na displasia

broncopulmonar (DBP) tais como:

- Presença de anormalidades do controle respiratório;

- Aumento na produção de secreção;

- Infecções respiratórias;

- Alterações na mecânica pulmonar, principalmente alterações do gradiente de pressão

entre o tórax e o abdome;

- Alterações posturais e alterações no desenvolvimento neuromotor.


E você, já atuou com displasia pulmonar? Conte como foi!

 

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