Kinesio taping

É uma bandagem adesiva, oriunda do Japão a mais de 20 anos tendo Dr. Kenzo Kase como inventor desta técnica que atualmente é conhecida em vários países da Europa, Ásia e Estados Unidos.
Sua técnica de aplicação está baseada nas capacidades de regeneração natural do nosso corpo. Tem uma filosofia diferente das outras bandagens cujo objetivo é o de proporcionar liberdade de movimento pois é uma bandagem elástica e tão fina quanto a pele. Já a bandagem convencional utilizada no desporto, é concebida de modo a restringir o movimento dos músculos e articulações afetadas, exercendo uma pressão significativa provocando obstrução da passagem dos fluídos orgânicos.


A aplicação está sendo explorada principalmente nas áreas de ortopedia e desportiva, porém vem conseguindo espaço também na neurologia, melhorando a biomecânica e controlando tônus dos pacientes. Na respiratória ainda é bastante difícil encontrar pesquisas e artigos, porém com bases fisiológicas e biomecânicas, podemos utilizar as bandagens com uma boa resposta.


Caso clínico:

Criança de 1 ano e 3 meses, histórico de prematuridade e displasia broncopulmonar, encaminhado à fisioterapia para tratamento respiratório devido à dispneia.
Aplicação de kinesio taping com bases no método RTA, melhorando justaposição disfragmática e apoio abdominal, facilitando o trabalho muscular e diminuíndo o esforço.
A criança diminuiu as crises de dispneia, apresentando-se mais ativa e respondendo melhor aos esforços.



Histórias de bebês prematuros com final feliz são cada vez mais comuns

 

Hoje os pediatras sabem muito mais, os aparelhos são precisos e sofisticados, e o conhecimento sobre a nutrição do recém-nascido está avançado. Além disso, a tendência a manipular cada vez menos o prematuro – graças às novas tecnologias – tem contribuído para reduzir a incidência de infecção hospitalar, o grande fantasma a rondar bebês com as defesas ainda cruas.

Claro que aparelhos que monitoram os sinais vitais e respiradores de última geração se revelaram importantíssimos na recuperação de prematuros, mas existe também um fator humano na história: a presença dos pais nas UTIs neonatais.

"Até alguns anos atrás, as visitas eram encaradas com preconceito e as mães não podiam tocar no bebê", lembra o pediatra Luiz Carlos Bueno Ferreira, chefe da neonatologia do Hospital São Luiz. "Atualmente, sabemos que o contato com os pais faz com que a criança se desenvolva melhor e mais rapidamente."

"Com avental e touca, mãos meticulosamente lavadas e sorriso no rosto, mães e pais vão se tornando parte do cenário nas UTIs neonatais das grandes maternidades brasileiras. Eles se incumbem de pequenos cuidados, conversam com os bebês e são estimulados a utilizar o método canguru, que consiste em segurar a criança só de fralda junto ao corpo da mãe e do pai por baixo do avental hospitalar. O contato faz maravilhas pela saúde do bebê. "Os pais são parte da equipe e acabaram aprendendo mais sobre a saúde e os cuidados com os filhos prematuros", avalia o pediatra neonatologista Luís Eduardo Miranda, diretor-médico do Centro de Prematuros do Estado do Rio de Janeiro (Ceperj), que funciona na UTI neonatal da Casa de Saúde São José. "Com isso, reduzimos bastante a probabilidade de reinternação."

Cateteres, agulhas, cânulas – hoje tudo é fabricado em escala de miniatura para prematuros

Um bebê é considerado prematuro quando nasce antes de a gravidez completar 37 semanas. De maneira geral, cerca de 10% das gestações únicas acabam antes da hora, precipitadas por fatores como a idade da mãe (muito jovem ou com mais de 40 anos têm risco maior para prematuridade) e doenças como infecções urinárias e hipertensão. Mulheres grávidas de dois ou mais bebês dificilmente chegam às 40 semanas. A popularização dos métodos de fertilização assistida – que produzem com freqüência gestações gemelares – contribuiu também para aumentar o número de prematuros. Quanto maior o peso e a idade gestacional, melhores as chances do bebê.

O prematuro é todo frágil, mas os médicos foram encontrando caminhos para lidar com ele. Cateteres, agulhas, cânulas – praticamente tudo é produzido em escala de miniatura para os pequeninos. "Hoje, temos uma bomba de infusão que controla cada mililitro da medicação que é ministrada aos bebês prematuros", explica o doutor Luiz Carlos. No passado, para fazer exames, colhia-se tanto sangue que não era incomum os bebês terem anemia. Atualmente, bastam microdoses para garantir resultados acurados.

Entre todas as fragilidades, no entanto, a que mais inspira cuidados diz respeito aos pulmões. É fácil entender por quê. No útero materno, vários órgãos e sistemas já estão funcionando: o sangue circula, os rins produzem urina, o líquido amniótico é deglutido, os músculos se flexionam. Só os pulmões aguardam a hora do nascimento para finalmente começar a trabalhar. No bebê nascido antes da hora, eles podem estar imaturos e carentes de uma substância fundamental, o surfactante, que o bebê de termo tem de sobra. Essa substância é responsável pela elasticidade dos pulmões, permitindo que se mantenham abertos e que o bebê possa respirar com facilidade. Quando falta surfactante, a respiração é difícil e o bebê se cansa. "Nesse caso, ministramos uma dose de surfactante sintético, ou extraído de animais, por meio de um tubo instalado na traquéia", informa o doutor Luís Eduardo, da Casa de Saúde São José. "Normalmente, o problema se resolve."Empurrando todos esses avanços, há uma grande mudança na maneira como a sociedade, nas últimas décadas, passou a encarar os prematuros. "Antes, havia uma atitude muito passiva. Se aquele filho não vingasse, a mãe voltaria com outro bebê no ano seguinte", diz o neonatologista carioca. Agora a sociedade acredita nesses bebês e se empenha em salvá-los. Atualmente, o grande desafio dos médicos neonatologistas é entregá-los aos pais não apenas vivos e bem, mas com chances de se desenvolverem tão adequadamente quanto um bebê nascido no tempo certo.

Fonte: Revista TPA

 

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